‘Não Sei o Que Falar na Terapia’ – E Por Que Isso Pode Ser um Ótimo Começo
- thirodriguespsi88
- 4 de mai.
- 2 min de leitura
Todo mundo que já pisou em um consultório (ou entrou em uma sala virtual de terapia) conhece aquele momento de silêncio constrangedor: “Por onde começo?”. Pois eu te digo: essa hesitação é ouro puro. É como aquele instante antes de adormecer, quando os pensamentos soltos começam a dançar sem que você os convide – e é justamente aí que mora a graça.
A psicanálise não é um interrogatório. Você não precisa chegar com um roteiro ensaiado, como se fosse uma apresentação de trabalho. Na verdade, quando a mente “trava”, é sinal de que algo importante está tentando sair – e só não encontrou as palavras ainda. Pode ser um sentimento, uma lembrança boba da infância ou até aquele sonho esquisito que você teve semana passada e nem lembrava mais. O inconsciente é um malandro: ele adora se esconder atrás do “não tenho nada pra dizer”.
E quando a sessão terminar e você pensar “não falei nada de útil”, respire fundo. Às vezes, o que pareceu um “nada” era, na verdade, um “tudo” disfarçado. Aquele comentário sobre o tempo, a piada sem graça, o suspiro no meio da frase – tudo é material. Como dizia Freud, até um lapso linguístico pode ser uma porta secreta para o que realmente importa.
No fim, a única regra é esta: fale do que vier, mesmo que seja para dizer que não sabe do que falar. O resto? A gente desenrola juntos. Afinal, como já diria o poeta: “O que não tem nome é o que mais precisa ser dito”.
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